Dia Internacional da Mulher – Alergias em gestantes podem e devem ser tratadas

Cerca de 8% das mulheres desenvolvem alergias durante a gravidez, sendo as mais comuns a rinite, asma e dermatite atópica.

Rinite – os sintomas principais são: espirros, coriza abundante e clara, coceira do nariz, olhos, ouvidos e garganta, entupimento nasal. Os olhos podem ficar avermelhados e lacrimejando. Por isso, muitas mulheres confundem a rinite com gripes e resfriados.

A Dra. Fátima Emerson, Coordenadora da Comissão de Assuntos Comunitários da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica que os sintomas da rinite ocorrem em cerca de 20% das gestações. Uma mulher pode ter rinite e piorar na gravidez. Existem casos (mais raros) onde a rinite resulta da gestação e desaparece após o parto.
A doença tem um impacto na qualidade de vida da gestante, interferindo no sono, no dia a dia, sendo um fator de risco para asma e para surgimento de sinusite”, conta a especialista.

Asma – Cerca de 8% da população gestante têm asma. Das pacientes que já tinham a doença antes da gravidez, 1/3 apresenta melhora, outro 1/3 piora e 1/3 permanece estável. “A asma pode e deve ser tratada durante a gestação e requer acompanhamento contínuo, objetivando a normalização da função pulmonar, da oxigenação sanguínea, controlando a doença e evitando crises. Em geral, as crises de asma ocorrem entre a 24ª e a 36º semana da gestação, sendo raras nas últimas semanas e durante o trabalho de parto”, explica Dra. Fátima.

Dermatose Alérgica – urticária, angioedema e dermatite atópica estão entre as mais comuns. Elas ocorrem por causa das alterações hormonais da mulher nessa fase. “A urticária se caracteriza pelo aparecimento de placas avermelhadas na pele, que coçam muito e têm duração fugaz e localização variável. Chama-se de angioedema quando atinge camadas mais profundas da pele e se manifestam por edema (inchaço) em lábios, pálpebras, mãos, pés, área genital e face. A dermatite atópica se manifesta como eczema na pele, acompanhado de coceira”, conta a alergista.

Abaixo algumas orientações da ASBAI para as gestantes:

– A gestante não precisa sofrer durante a gravidez. As alergias podem (e devem) ser tratadas, a fim de propiciar condições saudáveis de desenvolvimento para o bebê e para a futura mamãe.

– As mulheres que têm asma não precisam parar o tratamento na gravidez. A medicação inalada (sprays ou “bombinhas” são seguras, para a mamãe e para seu bebê. Mas é fundamental manter o tratamento médico de controle com especialista em Alergia e não se automedicar.

– Se for possível, evitar uso de remédios no primeiro trimestre, quando o risco é maior para o feto. Mas, se for necessário, pode-se tratar as alergias com segurança.

– Uma gestante que esteja fazendo uso de vacinas para alergia (imunoterapia específica com alérgenos) poderá manter seu tratamento. Mas, é consenso que o tratamento com vacinas para alergia não deve ser iniciado durante a gestação.

– Os antialérgicos (anti-histamínicos) de uma maneira geral, poderão ser usados com segurança.

– Tratar alergia não é só tomar remédios. A gestante alérgica não pode descuidar de sua casa, mantê-la sem ácaros, ficando longe da poeira e da fumaça de cigarros, entre outras providências importantíssimas.

Sobre a ASBAI
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

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